terça-feira, 21 de agosto de 2007

Férias (5) Madrid


Acordámos tarde. Durante a noite fez muito vento e as árvores no parque El Escorial faziam imenso barulho. Foi bom ouvir a tempestade lá fora e ficar enroladinho no saco cama quente, agarrado à almofada.
Fomos até Madrid. É fácil.... é só seguir a A6 que liga a Coruña. O céu de Madrid está agora a ser rasgado por 4 arranha-céus notáveis. Não um, nem dois, nem três, mas sim quatro... sim senhora, por aqui não se brinca em serviço.
Assim que entrámos ‘a sério’ em Madrid os prédios altos fizeram o GPS perder as estribeiras... ai Gabriela, gabriela.... Acabámos no meio do campus de uma universidade... é giro como têm todos os mesmo aspecto. Dá mesmo vontade de estudar, porra.


Depois de várias tentativas para encontrar um parque perto da zona antiga, acabámos por deixar o carro no parque de estacionamento de um Centro Comercial – o Príncipe Pio – que fica numa velha estação de caminho de ferro transformada em Centro Comercial. Assim que subimos as escadas rolantes ficámos de frente para a entrada da Beshka... ia dando uma coisa à Miana, claro.
Demorou tempo a conseguirmos orientarmo-nos (a porra do telemóvel estava sem bateria e não apanhava a antena bluetooth do GPS) e acabámos por seguir as indicações duma nativa simpática e tomar o metro... na Estação do Norte...
A andar de metro (parecido com o de Londres... estreitinho e mal-acabado – vimos montes de pessoas a ler livros... interessante.


A Plazza Mayor de Madrid – local das touradas, das cerimónias reais públicas e dos autos de fé. Com umas arcadas a toda a volta e dominada pela estátua equestre dum dos Filipes. Esplanadas agradáveis, de onde se pode mirar os turistas a tirar fotografias.

Palácio Real e Catedral da Nossa Senhora de Almuneda – capelas com santos muito recentes e uma delas com uma estátua enorme do San Josémaria Escrivá. Aqueles óculos de economista (parece o Vítor Constâncio...) ficam-lhe mesmo a matar, escusado será dizer... um santo só para contabilistas e banqueiros tipo Jardim Gonçalves... que chique!
Estes gajos ricos não desistem mesmo de tentar comprar tudo nesta vida e na outra. Qualquer semelhança com a porra das indulgências (não) é mera coincidência. Esperemos que desta a coisa não se torne tão complicada como da outra.


De regresso ao parque de estacionamento onde deixámos ficar o carro perdemo-nos ... só um bocadinho e acabámos ao pé de um templo egípcio genuíno que foi construído originalmente no deserto núbio (aparentemente oferecido pela ajuda que Espanha deu à desmontagem e remontagem do Templo de Abu-Simbel). Este parque situa-se nas colinas onde aconteceram os massavres de Maio de 1808 pelas tropas de Napoleão, representados em dois quadros de Goya.

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