quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Programa “Pano para mangas” (Relativo ao “Prós e Contras” da noite anterior) de 26/02/08, na Antena 1, autoria do Jornalista João Gobern)



“Infelizmente, ainda há quem se deixe ficar do lado mais fácil, aquele que olha para Maria de Lurdes Rodrigues, como uma mistura de reformadora iluminada e padeira de Aljubarrota, em luta contra a molenguisse e os boicotes dos professores, essa classe repetidas vezes apresentada como ingovernável e reactiva a qualquer mudança.

Para quem alimentasse esta imagem de uma cruzada ministerial, pela conversão mesmo à bruta dos infiéis, entregues a uma comunicação social populista e que mal sabe fazer contas de somar, oferecidos a um grupo de “articulistas”, que há muitos anos se benze por protecção, de cada vez que tem de passar mais perto de escola ou de um professor; espera-se que as 3 longas horas do “Prós e Contras”, da noite de ontem tenham provado de uma vez por todas, que o Sr. Primeiro Ministro mostrou afinal, ser falível ao ensaiar uma micro-mudança de titulares e ao deixar intocada a Srª Ministra da Educação.

Do alto do seu gabinete, só mesmo a Ministra, uma equipa servil de ditos académicos e uns quantos agentes infiltrados no terreno; há sempre, mas sempre, aqueles que com mira em promoções, louvores ou pequenos estipêndios, se dispõem a ser mais “papistas do que o papa”, só esses, vêem com bons olhos, a continuidade na avaliação dos professores, tal como está a ser feita e na aplicação do novo modelo de gestão escolar, como uma melhoria.

Mais: só essa poderosa minoria, dá como arrumadas a contento as questões das aulas de substituição e o concurso dos professores titulares.

A Srª Ministra parece ter ensurdecido há muito. Ontem, passou sinais para o exterior, de que já está a ser atormentada pela cegueira. Fechou os olhos a todos os argumentos que dão a avaliação, como um processo injusto, apressado e inexequível, apesar de ter diante de si, muito mais do que as “excomungadas” reticências sindicais.

Nunca conseguiu demonstrar (apesar da pose explicativa), qualquer vantagem no modelo de gestão que quer por força, aplicar às escolas. Refugiou-se nos feitos, “abespinhou-se” quando puseram em causa o seu perfil, muito mais de gestora do que de pedagoga, tentou sempre demonstrar que a sua luta é contra uma minoria que se agita.

Foi-se apagando, lenta, mas inexoravelmente, diante de episódios, de vivências, de casos, que se não eram novidade para quem os acompanha no dia a dia, pareceram surpreendê-la e até chocá-la. O que vem confirmar, que até neste campo de tantas consequências, se continua a legislar com fúria, mas a viver de costas para a realidade do país.

Deixou por abordar, aquela que para mim como lei, é a questão decisiva: o facto de com tantas reuniões, papeis, burocracias, justificações, definições de objectivos, avaliações e substituições; continuarem os professores a ser desviados da sua função primordial e “abençoada”: dar aulas e formar pessoas. Quem não entende isto na prática, não percebeu nada, o que é grave, ao fim de 3 anos, pelo que estou à vontade na sentença:

Não haverá reforma da educação, sem se começar pela reforma antecipada, mas tardia, da Srª Ministra da Educação.”

A dança dos mentirosos

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Mensagem de Bin Lada aos portugueses

Propaganda e Peter Pan

A avaliação do desempenho dos professores é a referência mais recente e persistente na demagogia do discurso de Sócrates. No Parlamento, a 13, e na SIC, a 18, Sócrates falou duma Educação virtual, dum país que não existe senão no imaginário dele. Em qualquer dos locais, o homem cavalgou uma onda autista. Falou do que quis, mas não do que é. Como se estivesse num comício do PS, despejando propaganda sobre os fiéis. Parafraseando Churchill, o êxito dele não é mais que ir de fracasso em fracasso, mantendo o entusiasmo.

A avaliação do desempenho dos professores é a referência mais recente e persistente na demagogia do discurso de Sócrates. Com a arrogância que lhe conhecemos, tem falado dela com a mesma ligeireza com que projectou vivendas sobre estábulos ou prestou provas de licenciatura por fax.

Não é verdade que durante 30 anos não tenha havido avaliação de desempenho dos professores, como não se cansa de repetir, ou que os professores não queiram ser avaliados, como insinua. A questão reside na substituição de um modelo de avaliação ineficiente, o que existia, por outro, escabroso, o que propõe, que, se se consumar, trará mais caos ao caótico sistema de ensino. Nenhuma organização séria, seja pública ou privada, propõe mudar seja o que for, neste quadro, sem permitir (e mais que isso, fomentar e promover) o envolvimento dos visados na construção do processo. A avaliação do desempenho só vale a pena, se for concebida como instrumento de gestão do desempenho. Quer isto dizer que o seu fim primeiro é identificar obstáculos ao desenvolvimento das organizações, removendo-os, e não castigar pessoas. Dito doutro modo, as instituições maduras preocupam-se hoje mais com a apropriação por parte dos colaboradores dos valores que, intrinsecamente, geram o sucesso e melhoram o desempenho do que com os instrumentos que, extrinsecamente, o promovem.

Porque o primeiro-ministro não tem tempo para ler esses estudos, quando na SIC deu o exemplo dos Estados Unidos da América, ignorava, por certo, que a introdução, aí, do indicador "resultados obtidos pelos estudantes", logo fez aparecer professores a treinarem alunos nas técnicas de copiar nos exames. Ou ainda, quando invocou a França, se esqueceu que a avaliação do desempenho dos professores franceses (que mostrou desconhecer) não impediu o descalabro do respectivo sistema educativo. Lá, como cá (ainda não tivemos Lisboa a arder como eles já tiveram Paris), é a desregulamentação da sociedade e a desagregação da escola pública que tornou os menores franceses o grupo mais representativo nos delinquentes cadastrados (quase 20 por cento).

Sem discutir a bondade dos fins, o que afasta qualquer democrata honesto do primeiro-ministro é a teimosia em que este persiste: porque julga que o fim é bom, despreza os meios e os processos, como fazem os ditadores. Uma questão deste melindre e com as implicações sociais que lhes estão associadas, obrigaria sempre a ponderações criteriosas das soluções e à sua testagem antes da aplicação. Não entender isto, compactar tudo em prazos irreais, persistir na defesa das trapalhadas normativas do ministério, mesmo depois de, por quatro vezes, quatro tribunais administrativos distintos aceitarem providências cautelares sobre a matéria, é reagir como um menino grande, que manipula o brinquedo do poder sem qualquer sentido de Estado.

Quando Sócrates fala de números em Educação, já sabemos o que vai dizer, porque repete sempre o mesmo. Na SIC, Nicolau Santos, jornalista familiarizado com estatísticas, deveria tê-lo confrontado com as mais fresquinhas do INE: durante o Governo de Sócrates o desemprego aumentou 6,5 por cento e, dentro deste, o aumento do desemprego dos licenciados ultrapassou os 63 (sessenta e três) por cento. Este sim é o país real. O resto são fantasias de Peter Pan.

Loura mas não burra

A opinião de um especialista sobre a criação de um monstro

Vou contar pela primeira vez um episódio que esteve na génese do processo de avaliação de desempenho dos professores.

O secretário de estado, Valter Lemos, que eu conheço desde os tempos em que estudámos juntos na Boston University, já lá vão 24 anos, pediu-me para reunir com ele com o objectivo de o aconselhar nesta matéria. Tenho de confessar que fiquei admirado com o conhecimento profundo e rigoroso que Valter Lemos mostrou ter da estrutura e da organização do sistema educativo português. Enquanto estudante, habituara-me a ver em Valter Lemos um aluno brilhante e extremamente trabalhador, qualidades que mantém passados tantos anos.

No início, fui um entusiasta da avaliação de desempenho dos professores pois considerava que manter o status quo era injusto para os professores mais dedicados e competentes. Nessa altura, eu encarava a avaliação dos professores como um factor de diferenciação que pudesse premiar os melhores e incentivar os menos competentes a melhorarem o seu desempenho.

Fiz algumas reuniões de trabalho com a equipa técnica do ME e logo me apercebi de que a Ministra da Educação estava a engendrar um processo altamente burocrático, subjectivo, injusto e complexo de avaliação do desempenho que tinha como principal objectivo domesticar a classe e forçar a estagnação profissional de dois terços dos docentes. Ao fim de duas reuniões, abandonei o grupo de trabalho porque antecipava o desastre que estava a ser criado.

Nas reuniões que eu tive com a equipa técnica do ME, defendi a criação de fichas simples, com itens objectivos, sem a obrigatoriedade da assistência a aulas, a não ser para os casos de professores com risco de terem um Irregular ou um Regular, e com um espaçamento de três anos entre cada avaliação. Hoje, passados três anos, considero que se perdeu uma oportunidade de ouro para criar uma avaliação de desempenho dos professores realmente objectiva, justa, simples e equilibrada. Em vez disso, criou-se um monstro que vai consumir milhões de horas de trabalho nas escolas e infernizar a vida de muitos professores, roubando-lhes a motivação e a energia para a relação pedagógica e a preparação das aulas.

Crianças e computadores






Não perca outros trabalhos originais em http://www.ikplay.com/

A opinião de um especialista sobre a criação de um monstro

"Vou contar pela primeira vez um episódio que esteve na génese do processo de avaliação de desempenho dos professores. O secretário de estado, Valter Lemos, que eu conheço desde os tempos em que estudámos juntos na Boston University, já lá vão 24 anos, pediu-me para reunir com ele com o objectivo de o aconselhar nesta matéria. Tenho de confessar que fiquei admirado com o conhecimento profundo e rigoroso que Valter Lemos mostrou ter da estrutura e da organização do sistema educativo português.Enquanto estudante, habituara-me a ver em Valter Lemos um aluno brilhante e extremamente trabalhador, qualidades que mantém passados tantos anos. No início, fui um entusiasta da avaliação de desempenho dos professores pois considerava que manter o status quo era injusto para os professores mais dedicados e competentes. Nessa altura, eu encarava a avaliação dos professores como um factor de diferenciação que pudesse premiar os melhores e incentivar os menos competentes a melhorarem o seu desempenho. Fiz algumas reuniões de trabalho com a equipa técnica do ME e logo me apercebi de que a Ministra da Educação estava a engendrar um processo altamente burocrático, subjectivo, injusto e complexo de avaliação do desempenho que tinha como principal objectivo domesticar a classe e forçar a estagnação profissional de dois terços dos docentes. Ao fim de duas reuniões, abandonei o grupo de trabalho porque antecipava o desastre que estava a ser criado.Nas reuniões que eu tive com a equipa técnica do ME, defendi a criação de fichas simples, com itens objectivos, sem a obrigatoriedade da assistência a aulas, a não ser para os casos de professores com risco de terem um Irregular ou um Regular, e com um espaçamento de três anos entre cada avaliação. Hoje, passados três anos, considero que se perdeu uma oportunidade de ouro para criar uma avaliação de desempenho dos professores realmente objectiva, justa, simples e equilibrada. Em vez disso, criou-se um monstro que vai consumir milhões de horas de trabalho nas escolas e infernizar a vida de muitos professores, roubando-lhes a motivação e a energia para a relação pedagógica e a preparação das aulas."


Original publicado em http://ramiromarques.blogspot.com/2008/02/barcelona-20_07.html

Perda de tempo


Recebi esta por mail... vale o que vale.
Pode ser mentira, pode ser verdade, mas pelo que me é dado saber sobre o conhecimento dos assuntos da pedagogia da responsável política mencionada e pelos argumentos por ela habitualmente utilizados para justificar as políticas educativas, inclino-me para a possibilidade de ser verdade.

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O país é pequeno e tudo se acaba por saber. Esta está demais...

Falei hoje com um colega socialista que esteve na reunião com o 1ºM e MLR e estava indignado porque quando alguém perguntou onde os professores avaliadores iriam arranjar horas para avaliar, assistir às aulas e todo o lado burocrático do processo, a ministra respondeu - que não havia qualquer problema porque os professores avaliadores eram professores titulares, portanto com muita experiência, e já não perdem tempo a preparar as suas aulas...

Como diria Fernando Pessa:"E esta, hein?"
(e acrescento eu: livrai-nos então dos professores experientes do ISCTE)

Eu no texty.com


Deus, para Einstein



"I believe in Spinoza's God, who reveals himself in the lawful harmony of all that exists, but not in a God who concerns himself with the fate and the doings of mankind."


Albert Einstein

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Keeping a diary supports personal development



http://thingsihavelearnedinmylife.com/sentence/motion-graphics/keeping-diary-supports-personal-development

Modalidades de utilização do chat

Considero o chat uma ferramenta para utilização não no núcleo fundamental duma aprendizagem, mas como ferramenta de apoio às actividades, seja como desbloqueadora (é mais simples para conversar com um reduzido grupo de alunos/formandos e ter aquela conversa de proximidade para sanar problemas ou bloqueios que se tenham detectado; ou para tirar aquela dúvida que está a impedir que se perceba um assunto ou para esclarecer rapidamente o que s epretende naquele documento ou proposta de trabalho).

Tenho-a utilizado também na relação directa dos alunos com a fonte da informação - em chats com cientistas ou escritores, por exemplo. Já o utilizei para jogos de role playing, em que um grupo desempenha o papel de um cientista ou uma personagem histórica ou um decisor, enquanto os restantes alunos questionam ou entrevistam esse grupo (é melhor eles estarem em grupo porque a tarefa deles é mais exigente).

Em todas estas últimas utilizações que referi, o chat constitui apenas parte do trabalho, existindo uma importante fase de investigação que o precede, e uma fase de tratamento da informação que o sucede.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Tomada de posição da SEDES em Fevereiro de 2008

Para consultar em: http://www.sedes.pt/documentacao.aspx?args=2,9&tipo=tomadas&ID=41

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

sábado, 16 de fevereiro de 2008

dias...


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

ASCII art

Do que eu preciso é...

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Configurações diferentes

Criar uma comunidade Ning

Part one - setting up your Ning network identity



Part two - features, colour and layout



Part three - defining your network user-base

Brian McCallister of Ning on OpenSocial and Shindig

Facebook no 60 minutes

sábado, 2 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Daqui a poucas horas faz cem anos



Acesso a recursos associados em http://del.icio.us/jcs_59/regicidio